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Estresse Ocupacional e Síndrome de Burnout: os vilões da Qualidade de Vida no Trabalho


Estresse Ocupacional e Síndrome de Burnout: os vilões da Qualidade de Vida no Trabalho

Por: Caroline Daronch da Silva – Psicóloga CRP 07/21118.

O Estresse Ocupacional ocorre quando o trabalhador percebe sua inabilidade para atender as demandas solicitadas pelo trabalho, causando sofrimento, mal-estar e um sentimento de incapacidade para enfrenta-las. Quando um organismo se encontra sobre “stress” apresenta: distúrbios emocionais, mudanças de comportamento, distúrbios gastrointestinais, distúrbios de sono, sintomas psicopatológicos, com sofrimento psíquico e outros (GUIMARÃES, 2000). Muitas vezes esses sintomas são tratados como problemas pessoais, porque não são facilmente relacionados aos estímulos estressores do ambiente de trabalho.
A Síndrome de Burnout atinge principalmente os profissionais da saúde, que lidam com exigências emocionais de quem eles cuidam. Esta síndrome caracteriza-se pela exaustão de energia e esgotamento em resposta a estímulos laborais crônicos. O Burnout pode ser reconhecido além dos sintomas físicos e mentais, pelas atitudes e condutas negativas com relação aos usuários, à organização e ao trabalho, ocasionando faltas ao trabalho e distanciamento afetivo, desumanizando o trabalho.
O trabalho já foi sinônimo de dor e sofrimento por muitos séculos, como uma tarefa penosa, apenas para obter sustento (Souza, 2000), mas hoje, busca-se a valorização dos relacionamentos humanos, alimentando as necessidades emocionais do homem, motivando-o a trabalhar e amar com mais intensidade. Porém, num ambiente desfavorável onde a capacidade humana ainda não acompanha a tecnologia, ambientes insalubres, exigência de alta produtividade com isolamento de trabalhadores entre outros fatores prejudiciais, é que devem ser avaliados para garantir a Qualidade de Vida no Trabalho e menos danos a saúde e consequentemente à produtividade e satisfação pessoais.
É necessário utilizar-se dos recursos que existem hoje, que através de muitos estudos comprovam a eficácia da intervenção da Medicina do Trabalho, dos Psicólogos, e profissionais da saúde que atuam junto aos colaboradores que apresentam maior vulnerabilidade ao ambiente de trabalho, trabalhando suas potencialida-des e autoestima, fator este essencial para a confiança e o desempenho das atividades com qualidade agregando valor ao trabalho.


Artigo publicado no Jornal Noroeste de Santa Rosa RS

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