Síndromes Fóbicas
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O que são as Síndromes Fóbicas?
As Síndromes Fóbicas são quadros caracterizados por medos intensos e irracionais, diante de situações, objetos ou animais que na verdade não oferecem à pessoa um perigo real e proporcional à intensidade do medo vivenciado.
Podem se originar em diferentes situações cotidianas, as quais parecem normais para a maioria dos indivíduos, porém são causa de sofrimento intenso para a pessoa doente.
Quais os tipos das Síndromes Fóbicas?
Existem diversos tipos de síndromes fóbicas, sendo as mais freqüentes a agorafobia, a fobia simples ou específica e a fobia social.
A agorafobia destaca-se pela presença de medo e angústia associados a espaços amplos ou com aglomerações de pessoas, à possibilidade de estar em locais onde possa ser difícil escapar ou onde o auxílio ou a presença de pessoas próximas não seja rapidamente acessível. As crises costumam aparecer quando o indivíduo está fora de casa, em congestionamentos, em pontes ou túneis, em meio à multidão, em estádio de futebol, em grandes supermercados, cinemas ou teatros. O indivíduo tem freqüentemente medo de viajar de ônibus, automóvel ou avião. Este procura evitar tais situações, fato que usualmente leva a uma redução das possibilidades vivenciadas pelo indivíduo, sendo que ele passa a restringir-se à sua casa ou ambientes familiarizados e seguros.
A fobia simples ou específica é caracterizada por medo intenso, persistente, desproporcional e irracional de objetos simples ou de animais (ex: barata, sapo, cobra, pássaros, cachorro, dentre outros), medo de ver alguns objetos como seringas, sangue, faca, vidros quebrados. Quando o doente é exposto ao objeto ou animal desencadeador da fobia há deflagramento, geralmente, de uma crise de ansiedade ou até mesmo de pânico. A pessoa acometida tem consciência do caráter irracional e desproporcional dos seus medos.
A fobia social tem como característica um intenso e persistente medo de situações que envolvem exposição ao contato interpessoal, a ter que demonstrar um certo desempenho ou se expor a situações competitivas ou de cobrança. A pessoa apresenta intensa angústia quando tem que falar em público, apresentar um seminário, realizar uma palestra, ler um trecho de um livro em voz alta. Tal medo à exposição costuma ser mais intenso diante de pessoas estranhas ou hierarquicamente tidas como superiores. O doente tende a evitar tais situações e também tem consciência do caráter excessivo e absurdo de seus temores.
Como tratar?
Pelo exposto, é possível perceber o intenso sofrimento por que passa o indivíduo acometido pelo quadro de fobia. As limitações sociais são inegáveis, bem como as perdas nas relações pessoais e do trabalho. Dessa forma, é essencial que o doente procure o auxílio especializado para tratar a fobia.
Usualmente o tratamento é baseado no uso de medicação, terapias e consultas com o psicólogo ou psiquiatra, conforme a evolução de cada caso. Lembre-se, somente seu médico poderá aconselhá-lo na abordagem desta condição.
Fonte:
Dalgalarrondo P. Síndromes neuróticas. In: Dalgalarrondo P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000: 196 – 200.
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